29 semanas + 2 dias

Eia, 9 dias sem escrever nada aqui. É que não se passa nada de novo. A barriguinha continua a crescer, os males da gravidez também continuam na mesma - basicamente dores de costas e azia à noite - excepto o sono, que parece ter voltado. De momento sou capaz de dormir doze horas por dia, desde que não sejam seguidas. O floquinho continua a dar pontapés e murros, embora tenha cada vez mais força. Provavelmente não é um magricelas, mas a verdade é que lhe sinto os ossos a mexer - as cotoveladas passaram a fazer parte do dia a dia. O papá leu (num livro que eu lhe ofereci mas ainda nao me dei ao trabalho de ler) que se o bebé se habituar a ouvir música enquanto está na barriga, depois de nascer acalmar-se-á ao som dessa mesma música. A teoria até pode ser boa, e a tentação de experimentar é grande, mas eu não tenho paciência para estar sempre a ouvir a mesma selecção. Pode ser que o floquinho se habitue a gostar de milhentas músicas diferentes, como eu.
As compras pré-natal estão quase concluídas, faltam apenas as coisas da farmácia e os lençóis da cama e alcofa, que vão ficar para as férias do Natal. Ainda é cedo, mas assim sinto-me mais descansada.

Os melhores amigos desta grávida I

Ora esta grávida tem a tensão baixa. E isso dá-lhe dores de cabeça. E as dores de cabeça são uma chatice (dói...). Por causa disto, saem logo dois melhores amigos. Primeiro, o ben-u-ron. É quase a única coisa que se pode tomar nesta desgraça neste estado de graça. Às vezes resulta, outras não, e só serve depois de a dor se instalar, logo duas desvantagens. O segundo, é o café. Ah e tal, tem cafeína e não pode ser. Nada mais errado - a coca-cola tem bem mais cafeína que um cafezinho. Eu nem gosto de coca-cola. Um cafezinho por dia, de preferência tomado nas calmas, logo de manhã, com leitinho (ah, que café puro, tal como leite puro, para mim não serve, embora haja uma ou duas excepções, mas isso é outra conversa) é das melhores coisas que me posso fazer. O médico diz que dois expressos por dia são perfeitamente inócuos. Eu tomo o equivalente a um. E não é inócuo, tem o enorme benefício de prevenir dores de cabeça.
Hoje não tive tempo para tomar o pequeno-almoço com calma, e saltei o café. O preço, estou a pagá-lo agora. Vou então atacar com o outro amigo, o ben-u-ron. A farmacêutica que os faz já deve ter ganho mais comigo desde que estou grávida do que normalmente num ano inteiro, ou até dois anos (e eu até sofro de enxaquecas frequentemente). Sorte deles.

28 semanas

É só amanha, mas nao tem importancia, que este floquinho é um matulao. Pela ecografia de hoje, está com uma idade (calculada pelo tamanho) de quase 29 semanas... Segundo a minha pesquisa na net o floquinho devia estar com cerca de 1 quilo, mas a verdade é que o peso estimado é já de 1300gr... Deve ser da comidinha fabulosa do papá. :)

Estou com mais um quillinho do que há um mês, e para comemorar ataquei um apfelstrudel com molho de baunilha a seguir ao almoco... mentira, nao foi nada para comemorar, foi porque lhe andava com vontade há quase uma semana. Soube-me mesmo bem, e o floquinho de certeza que também gostou, pois fartou-se de espernear dar murros. Próximo objectivo: croissant misto, mas dos portugueses, nao dos de massa folhada... :)

Finalmente percebi porque é que me picam o dedo de cada vez que vou ao médico. Estava convencida que era para ver os níveis de acúcar, mas afinal o objectivo é despistar uma eventual anemia... e na verdade, os meus níveis de hemoglobina andam baixos, já estiveram no limite da anemia, e agora estao ligeiramente acima disso. Desde que descobri isto tenho comido mais carne, principalmente carne de vaca, que normalmente consumo pouco. Podiam era ter-me explicado... assim acabei por descobrir isto (e muitas outras coisas) quando tive que apanhar umas secas em vários consultórios médicos (as minhas costas...) e apanhei uma revista sobre gravidez no primeiro desses médicos. Enfim, mais vale tarde do que nunca.

Faltam 12 semanas. Apesar de serem as mais complicadas (mais peso, mais desconforto) penso que vao passar rapidamente, quanto mais nao seja por causa da altura do ano. A contagem decrescente para o Natal e Ano Novo passa sempre num instantinho, e depois das férias já vai mesmo faltar muito pouco.
Nao posso dizer que estou desejosa de ter o meu bebé nos bracos, o que tenho mais vontade é de lhe ver os primeiros sorrisos, risos, e de o ver crescer devagarinho. E de o fazer rir com parvoíces (é para o que tenho mais jeito, pelo menos com bebés). Tenho a certeza que vamos aproveitar cada momento desde o primeiro.

27 semanas

6 meses já cá cantam, só já faltam 3. Que é como quem diz, ainda faltam 3 longos meses. Quer dizer, 13 semanas.À primeira vista parece não ser assim tanto. Penso nas primeiras 13 semanas. Foram relativamente fáceis. Mas nessa altura ainda podia vestir a minha roupa normal, dormir de barriga para baixo, e praticar desportos de grande impacto. Bons tempos.

Continuo a ter sonhos estranhos muitas vezes. Acordo quase todas as noites por volta das 6 da manhã por causa desses sonhos, e se não for à casa de banho não consigo voltar a adormecer. Então vou, mas nem vale o esforço. Não sai grande coisa. Mas ao menos adormeço rapidamente quando volto. E continuo a gostar de dormir. E a apreciar o tempo que durmo. Sabe-se lá que tipo de floquinho nos sai na rifa.

Troquei as meias de descanso por outras que apertam menos. Estas sim, posso usar à vontade que não me incomodam. E desta vez fui para as meias de liga (sim, muito sexy... não fosse a cor horrorosa que me arranjaram), o que é muito melhor, pois não fico com a parte que tapa a barriga a incomodar. É engraçado, como uma pessoa muda com a idade. Qualquer coisa - calças ou meias, quero eu dizer - que me chegue perto do umbigo incomoda-me profundamente. Tanto que continuo a dobrar a barriga das calças. Que me continuam a cair. Deviam ser elásticas na anca, e não na barriga...

Para a semana vou ver o floquinho outra vez. Sei que ele (ou ela) está bem porque se farta de mexer. Seja dia ou noite, está sempre a lembrar-me que está aqui. Esteja eu sentada, ou deitada (a andar não me apercebi), tenho sempre direito a pontapés e murros. Quando vou dormir é particularmente exagerado, é cada murro/pontapé que eu fico a pensar mas que é que será que este artista anda a fazer dentro da minha barriga, Será que joga futebol? Ou está a dançar alguma música mexida? Só espero que quando vier cá para fora seja sossegadito - e nos deixe dormir. Que dê os pontapés que tiver a dar , mas durma, que dormir faz bem a toda a gente.

A roupa já está lavada, e o floquinho já tem cama, cadeirinha para o carro e biberões. Embora não esteja ainda tudo comprado e arrumado, se houver algum imprevisto, estamos preparados, dentro do possível. Mas a minha barriga deve ser um sítio bom para se estar. Além de servir de hotel ainda tem um ginásio e piscina. Que mais o floquinho pode querer?

Ai a minha vida

Ultimamente acordar tem sido uma surpresa constante. Nunca sei o que é que me vai doer a seguir. Umas vezes doem-me as costas do lado esquerdo, outras vezes é do lado direito, outras vezes são as pernas, outras vezes é a barriga... Enfim, nunca sei o que é que me vai sair na lotaria em cada manhã. Ontem apanhei umas dores tão fortes nas costas (só de um lado) que nem sabia o que havia de fazer. Qualquer posição que escolhesse - sentada, de pé, deitada, parada ou a andar, ou ainda meia dúzia de posições esquisitas que em desespero de causa experimentei - era dolorosa. Deitada sempre tinha a vantagem de poder adormecer e nesses momentos esquecer a dor, mas de resto foi o dia todo com umas dores insuportáveis. Estava num estado tão miserável, que o meu mais que tudo passou a noite a fazer-me massagens. Milagre, esta manhã sinto-me bem melhor.
Há uns tempos pensei que estava a ganhar varizes, porque sentia dores na perna num local que está perto de uma zona onde se vêem algumas veias. Uns dias depois descobri que afinal devo ter batido com a perna em qualquer lado, porque o que tenho ali é uma nódoa negra. E como qualquer toquezinho que dê com as pernas (mais a tendência que tenho em acertar em mesas, armários e outras coisas) me provoca nódoas negras, fiquei mais descansada.

O floquinho continua activo. Gosta particularmente de me dar murros, como se estivesse a praticar boxe, e outras vezes os movimentos sao tantos que parece que anda às voltas na minha barriga. Se calhar anda a fazer uns parafusos na piscina.
Já tenho a roupa que me parece necessária para os primeiros tempos (ou seja, chega de tamanhos 0 e 1), só me falta um fato de neve (para não apanhar frio na rua, não vou obrigar o floquinho a juntar-se aos outros flocos de neve branquinha). Vi um muito giro na H&M que já vinha com luvas e protecção para os pés não gelarem, mas infelizmente não tinham o tamanho que eu queria... Pode ser que ainda encontre noutra loja.
Já escolhi escolhemos a espreguiçadeira e a cama-berço (um dois em um), só falta mandar vir - fica mais barato na net do que indo à loja, e com, a vantagem de trazerem as coisas a casa. :)
Estava a pensar em lavar a roupa só depois do Natal, mas entretanto mudei de ideias... é que quando acabarem as férias só já vão faltar umas 6 semanas, mais coisa menos coisa, e não quero correr o risco de o bebé nascer antes de tempo e não ter que vestir. Portanto, a maioria das coisas vão ficar prontas ainda antes do natal. Ainda assim espero que o floquinho não surpreenda toda a gente e venha para o frio mais cedo.

Vem aí disparado, é ele, o meu umbigo!

Começa a dar sinais de querer desaparecer. Ou explodir. O meu umbigo está a esticar, embora para já só se note em algumas posições. Se bem me lembro, à medida que a barriga cresce, o umbigo vai desaparecendo, até ficar só uma pontinha, meio saída para fora. Preparo-me então para lhe dizer adeus. Até daqui a uns meses. E neste momento, mais do que sentir saudades de usar a minha roupa normal, tenho saudades de não sentir a barriga. Ou se só sentir a barriga quando se passava algo errado - tipo ter comido demasiados feijões.

Migas e descanso

De há umas semanas para cá - desde que comecei a usar calças de grávida - que de manhã me dá um aperto nos pulmões (acho eu) e me custa a respirar. Pensava que era por estar sentada e não ter muito espaço para o floquinho e os meus próprios órgãos, já que me costuma acontecer quando vou para o trabalho, de carro ou de comboio. Mas depois reparei que isto não me acontece quando não vou trabalhar. Estou cá a ver que o floquinho é alérgico ao trabalho...

24 semanas

É oficial, o meu médico é um totó. Só pode. Há duas semanas, mais coisa menos coisa, fui fazer uma ecografia a outro lado, porque a máquina dele não faz as ecografias a 3/4D, só aquelas básicas, a preto e branco. A médica onde fui foi muito simpática, explicou tudo muito bem, e no final imprimiu um relatório completo para trazer para casa, com fotos e tudo. Das seis medidas que foram avaliadas, o floquinho tinha quatro no percentil 95 (por exemplo as da cabeça), e duas no percentil 50 (como a do fémur). Os órgãos estavam todos normais para o tempo, e o peso estimado era cerca de 450gr. Fui ver algumas informações na net, como sempre, e batia certo...
Esta semana fui ao meu médico, e fiquei um bocado admirada com ele... mediu o floquinho da cabeça aos pés (bem, o pé não mediu, mas tirou-lhe uma foto, eheh) e mais uma vez a maioria das medidas eram acima da média para a idade, e uma ou duas estavam certinhas com a idade. Até aqui tudo bem. Mas no fim, quando estimou o peso, dava-lhe aproximadamente 300gr!!! Ele acha que a máquina da outra médica deve estar com algum problema, mas eu penso exactamente o contrário. Segundo diversos sites (por exemplo este) o meu floquinho terá em média uns 600 gr por esta altura, e uma vez que nenhuma das medidas está abaixo da média, parece-me difícil de acreditar que esteja com metade desse peso.
Por esta altura fico contente por o meu médico não fazer partos (deixou de os fazer há uns anos), pois com isto fiquei com a impressão de que ele não sabe muito bem o que anda a fazer... Não é que esteja preocupada - afinal as medidas são normais, e isso é que importa - mas fiquei um bocado desiludida com ele.
Outra coisa que não gosto (da outra vez não tive que fazer e não percebo porque é que tenho de ser assim tão controlada) é picarem-me o dedo para ver os níveis de glicose sempre que lá vou. Aquilo dói, e dá sempre o mesmo valor... afinal, ando a comer o mesmo de sempre (as mesmas porcarias de sempre e as mesmas coisas saudáveis de sempre)!
Aumentei dois quilos desde a última consulta, o que me assustou quando vi (pus as culpas nas coisas boas que comi no fim de semana), mas que na verdade é normalíssimo. Aliás, segundo a tabela da mimosa, até deveria ter aumentado mais um quilito. O médico achou que estava bem, e eu agora (depois de ver na net) também estou convencida do mesmo.
Hoje é um marco importante: a partir das 24 semanas os fetos passam a ser viáveis. Espero que o floquinho ainda se aguente no quentinho mais uns meses, para se desenvolver completamente antes de vir cá para fora dar pontapés e murros a mais gente! ;)

Aproxima-se a hora

Fomos a uma reunião no hospital onde pretendo ter o floquinho, para saber informações e conhecer o local. Uma equipa (quase) completa estava à disposição para esclarecer todas as dúvidas, desde médicos, enfermeiras, e parteiras e pessoas do serviço de neonatologia. Só faltou o pediatra. Ficaram-me duas coisas: em primeiro lugar, o sítio parece-me bom, o pessoal atencioso e simpático, e a probabilidade de ter o médico que eu escolher a assistir ao parto, grande (claro que pode sempre haver imprevistos). A outra, não tem nada a ver com o hospital. Um pai que, depois de ouvir aquela conversa toda sobre bebés, mães, e partos, só estava era preocupado em que lhe servissem café durante a noite. E não estava a brincar. Há gente para tudo.

Peixinho

Já sei porque é que o floquinho se mexe tanto... está a aprender a nadar (enquanto tem espaço)! Só assim se explica a quantidade de movimentos e os pontapés e murros simultâneos. :)

Mexilhão

O floquinho não pára quieto. Mexe-se o dia todo, a noite toda, não tem descanso e não me dá descanso. Se calhar não gosta da assoalhada que lhe calhou na rifa, ou então está-se a vingar de alguma maldade que eu lhe tenha feito - será que não gosta da comida?
Ainda para mais dá pontapés e murros indiscriminadamente, às vezes ao mesmo tempo, às tantas anda a fazer exercício, enquanto tem espaço. O que eu acho mais incrível é já se conseguir ver os murros e pontapés através da barriga, se pusesse qualquer coisa em cima das zonas atingidas, um pedaço de papel ou algo assim leve, com certeza que voava. Hmmm tenho que experimentar.
A barriga está grande, mas não gigante (ainda), e passo grande parte do dia desconfortável. Às vezes não sei se me hei-de sentar, deitar, ou andar de um lado para o outro, pois não há nada que me alivie. No trabalho é pior pois deveria estar sentada na mesma posição durante 8 horas, mas não consigo, vou mudando de cadeira de vez em quando (se puder) ou então dou umas voltas aos corredores.
Na semana passada comprei umas meias de descanso, receitadas pela médica, mas não sei se vou conseguir usá-las muitas vezes. Em primeiro lugar, custam imenso a pôr, é necessário usar luvas de borracha (também achei estranho), e mesmo assim o processo de vesti-las demora uns bons 15 minutos, ao fim (e a meio) dos quais as minhas mãos estão completamente suadas. Depois fico mais ou menos confortável, mas ao fim do dia tenho dores na parte de trás dos joelhos. Possivelmente as meias são demasiado apertadas.
Estive a olhar com cuidado para os resultados da eco morfológica, e mais uma vez vi indícios de que o bebé poderá ser grande. É que apesar de o peso indicado ser normal, há várias medidas que estão no percentil 95... entre as quais as medidas da cabeça e abdómen... A médica disse que para já lhe parece tudo normal, e que a ecografia só dá mais um dia de vida ao bebé do que o que ele realmente tem, mas eu acho que ela só não me quis assustar. De qualquer forma, combinámos voltar a ver o tamanho lá para Janeiro, para confirmar que tipo de bebé (normal ou matulão) tenho na minha barriga. Uma coisa é certa para já, este vem com bichos carpinteiros. :)

Uma libra de gente

Poderia parecer, pela ausência de posts, que não se passa nada. A verdade é que se vai passando, o cansaço é que tem dado conta de mim, e nem sempre há tempo ou paciência para vir à net. Escrever então, dá-me cabo dos dedos, se pudesse enviar posts por telepatia tinha os tascos cheios deles, mas como ainda não chegámos a tanto, a coisa vai andando a passo de caracol.
Quase a completar 5 meses de gravidez (mais dia menos dia, dependendo como se fazem as contas, mas é por aí) o floquinho demonstra ser muito mais activo que o irmão. Farta-se de se mexer, de dia, de noite, antes das refeições, depois das refeições, em cima, em baixo, de lado, anda para aqui numa azáfama que eu nunca imaginaria. Os médicos dizem que eu sinto muito mais por ser o segundo, que o útero está mais fino e portanto mais sensível, mas cá para mim, este floquinho vai ser a pessoa mais activa da família. E nascendo em fins de Fevereiro, às tantas sai-me na rifa um esquiador hard-core, daqueles que só pensam em neve desde outubro até junho.
Esta semana era suposto ter ido fazer uma ecografia importante (morfológica?) que tinha marcado para segunda. Ora ultimamente esqueço-me de tudo, e a consulta foi mais uma coisa que esqueci. Ou melhor, não esqueci, mas enganei-me na hora, pensava que era de tarde e afinal tinha marcado para a manhã. Quando me apercebi - tarde demais - telefonei para o gabinete do médico a perguntar se dava para passar lá mais tarde, mas disseram que não tinham vagas, e que apesar de eu ter que fazer esta ecografia entre a 22ª e a 24ª sema, já estavam completamente lotados. Lixada da vida, lá lhes pedi para me telefonarem se alguém cancelasse (mas porque é que não me telefonaram quando viram que eu não aparecia?) pois o consultório é perto e eu podia sempre aparecer, mesmo que me avisassem com pouca antecedência. Depois disto, comecei a pensar cá para mim, isto não se admite, vou mas é tentar outro sítio. Telefonei para outro gabinete médico, onde me disseram que normalmente fazem esta ecografia entre a 19ª e a 22ª semana e que neste momento estavam lotados, mas podiam marcar-me para dia 31 - seria o dia em que se completam 23 semanas. Aceitei, claro (mais vale tarde do que nunca), e fiquei a remoer comigo própria nesta discrepância relativa ao momento de fazer esta ecografica de um médico para o outro. Porque será?
Passado uma hora, telefonam-me do segundo médico a avisar que possivelmente na terça de manhã teriam uma vaga, mas só poderiam confirmar às 8h30 de terça. Porreiro, pensei, agradeci imenso e disse-lhes que poderiam confirmar a essa hora, e eu iria assim que tivessem vaga para mim. Apesar disto continuava a remoer nas razões para num sítio fazerem a ecografia mais cedo que no outro. Será que nos casos em que há problemas com o bebé é necessário saber por essa altura?
Felizmente, graças à minha estrelinha da sorte (mas porque é que eu me preocupei?), não só obtive a preciosa vaga, como estava tudo bem com o floquinho. Além de continuar a ter pernas, braços, e 5 dedos em cada uma das mãos e pés, já se pode ver o cérebro (as duas metades), as cavidades do coração, o estômago, até as orelhas!, enfim, quase tudo.
O balanço é positivo: 450 gramas de gente, 3 quilos a mais na minha pessoa, tudo normal. 22 semanas terminadas, ainda faltam 18 semanas para as férias grandes a 3 (que o mais velho tem que ir à escola na mesma, tadinho).

Já mexe

E com força. Agora que já passou mais de metade do tempo (versão optimista) mas o pior está para vir (versão pessimista), o floquinho mexe que se farta. Acho que subiu um bocadinho - antes estava muito em baixo, e agora está a meio caminho entre o umbigo e a pélvis - ou pelo menos, sinto-o mais acima. Gosta de se mexer quando eu estou com sono, mas também já se farta de espernear noutras alturas do dia. Uma das posições mais engraçadas é quando eu me sento com as pernas esticadas ou quando estou deitada de barriga para cima, e aí é uma actividade que nunca mais pára. O mais extraordinário é que já dá para sentir por fora - há uns dias o papá teve o privilégio de pôr a mão no bife ;), e levou uns fortes pontapés (ou murros...).
Já fiz mais umas comprinhas - não quero deixar tudo para os últimos tempos, para não ter que gastar o dinheiro todo de uma vez. Já tenho alguns biberões e as primeiras chupetas. Não encontrei as que queria (queria daquelas todas de borracha para os primeiros tempos), mas logo se vê se o bebé gostar destas fica mesmo assim. Além do mais, as chupetas de silicone (foi o que comprei) não ficam logo nojentas. Também comprei um termómetro para o banho (eu sou muito insensível nas mãos, a água pode estar quase a ferver que eu nem noto) e um aspirador nasal - toda a gente diz que dá muito jeito mas custa-me a acreditar, como era baratinho decidi experimentar. O esterilizador e a bomba para tirar leite (pode ser necessária e neste caso vale mesmo a pena prevenir) como sao bastante mais caros, ficaram para mais tarde. Além destes também não comprei o termómetro de ouvido pois era caríssimo (65 euros) e eu tenho um digital que comprei quando o mai velho era bebé. De qualquer forma o papá diz que consegue arranjar um por muito menos dinheiro, por isso se calhar ainda se vai comprar. Os termómetros para a temperatura ambiente também deixei ficar na loja - quando mudámos para esta casa o papá entreteve-se a comprar termómetros para quase todas as divisões, pelo que não é preciso mais nenhum. Apesar de tudo, ainda me faltam imensas coisas, principalmente as mais chatas de escolher e caras. Vi uma cama gira, que é redonda na sua versão berço e oval na versão cama de bebé. Infelizmente nao andava ninguém da loja por perto para me esclarecer, mas pareceu-me ser a mesma cama que tinha visto há uns meses no programa da Debbie Travis (Face Lift, na sic Gaja) e que além de ser berço e cama de bebé também se transforma em duas cadeiras quando a criança já não couber na cama. Se calhar é uma boa opção, falta ainda ver o preço, que não consegui descobrir. Para quem tiver curiosidade, está aqui.
Daqui a quinze dias vamos ver o floquinho no médico que faz a detecção de anomalias genéticas, que tem um ecógrafo fantástico. Mal posso esperar para ver uma imagem mais nítida deste floquinho que tem bichos carpinteiros. :)

A barriguinha

Já se nota - outra coisa não seria de esperar. Mas mesmo assim, as pessoas esperam (educadamente(?)) que eu anuncie a gravidez. E depois da notícia, perguntam se estou de 3 meses. Tão simpáticas. Os meus colegas fazem comparações com uma colega nossa, que teve um bebé há pouco tempo, e que teve barriguinha quase desde o início. É uma falta de gosto, parece-me, fazer esse tipo de comentários, e só respondo que as barrigas sao diferentes de pessoa para pessoa. É que ainda para mais esta colega é uma fixe para toda a gente, e não merece que digam estas coisas. Mesmo que sejam verdade, isso não interessa.

19 semanas

Ena tanto. Quase metade do tempo, é agora que as coisas começam a complicar. Pois se até agora era tudo simples, de repente parece-me que eu devia estar doida quando deixei de tomar a pílula. Aos gajos que dizem que o segundo parto é mais fácil só me dá vontade de lhes dar um murro. Sabem lá eles. As gajas não se atrevem a dizer coisas dessas, pelo menos as que eu conheço e que já passaram por um ou mais partos, uns melhores, outros piores. Ah sim, faltam 4 meses e meio, e o que verdadeiramente me assusta nesta história é o parto em si. Pois, que o primeiro parto não deixou boas recordações (se ouço mais alguém a dizer que as dores se esquecem logo que se vê a cara do bebé, bato-lhe, eu tive o meu primeiro filho há muito tempo e ainda não me esqueci), e não estou a ver nenhuma maneira de que o segundo seja melhor.
Para além deste, há desconfortos menores. A roupa que vai deixando de servir (apesar de ter engordado apenas dois quilos), a falta de vontade de ir às compras, o cansaço quase permanente. A fome quase constante, e a falta de vontade de comer. Coisas doces ou salgadas, saudáveis ou porcarias, nada mesmo, só como porque tem de ser (e tenho fome, carago). Tenho muitas vezes falta de ar. E a azia, à noite, é horrível. Começa a ser complicado encontrar uma posição confortável para dormir. E mesmo quando estou acordada não é fácil. É suposto passar 8 horas por dia sentada em frente a um computador, mas não aguento. Passadas duas ou três horas começo a sentir as pernas pesadas, a barriga incomoda-me, e já não consigo olhar mais para o monitor. E sei que o pior está para vir.
E os sonhos estranhos. Volta e meia sonho que o floquinho nasce antes do tempo, embora sem sequelas nenhumas. Ao menos isso. Deve ser reflexo da minha vontade de que a gravidez acabe e de que corra tudo bem. Estou cheia de saudades da minha normalidade. E mal posso esperar para que o floquinho esteja cá fora, para eu me sentir como antes de engravidar (mais coisa menos coisa), para poder dormir de barriga para baixo, e para me passarem os ataques hormonais, que fazem com que me saltem lágrimas à mínima coisa (tipo a ver televisão) ou com que me irrite com coisas mínimas. Para deixar de estar tão sensível, e não sentir que a maioria das pessoas é má, mesquinha, fundamentalista, machista, ignorante, e doida. Ou pelo menos, que isso não me incomode, como dantes. E claro, para poder admirar a nossa (minha e do papá) obra. :)

(Também há coisas giras. Como sentir o floquinho a mexer, quase todas as noites. Acho que el@ de manhã dorme.)

A barriguinha cresceu durante a última semana. Já se nota um bocadinho, dependendo da roupa, embora a grande maioria das pessoas que não sabem não se aperceba. Cegos, é o que são. Comecei a anunciar a novidade aos colegas de trabalho que ainda não sabiam. Para que não contem comigo durante uns meses a partir de Fevereiro.
Ando um bocado em baixo - nesta altura estava à espera de não me sentir tão cansada e sonolenta, mas afinal, além desses sintomas, tenho tido dores em sítios inesperados, como as articulações dos joelhos ou (ontem) do braço. Afinal é suposto os sintomas melhorarem a partir do quarto mês, e eu já entrei no quinto e nada. O pior é durante a semana, quando vou almoçar, tem dias que quase adormeço em cima do prato, como os bebés. Ontem à noite acordei com uma dor no cotovelo, ou melhor, na articulação do braço direito, e não consegui dormir durante mais de uma hora. Pensei que fosse frio, já que tinha estado a dormir com o braço destapado - como sempre faço, aliás - mas não devia ser, pois mesmo com um saco de água quente e o braço bem aquecido, a dor não passava. Após uma hora de sofrimento (sim, pois ter dores e sono ao mesmo tempo é do pior ;)) decidi-me por um ben-u-ron. Benditos comprimidos, à conta deles lá consegui adormecer, e agora sinto-me bem.
Pela primeira vez desde há dois meses ontem fui jogar ténis de mesa durante uma hora. Foi fantástico. Os meus companheiros de jogo ficaram admirados por me verem, estavam à espera que eu já não tivesse autorização para continuar, mas a verdade é que adorei, joguei com o mesmo power de sempre, e diverti-me imenso. Se calhar foi daí que veio a dor na articulação...
Para além destas chatices, tenho saudades da minha roupa normal (gira!) porque não encontro nada de jeito para grávida. As únicas calças com bom aspecto - ou seja, que gosto mesmo de como me ficam - que tenho estão-me ligeiramente apertadas na barriga, pelo que não poderei usá-las muito mais. E infelizmente, o número a seguir do mesmo modelo ficam-me tipo saco de batatas nas pernas. As t-shirts e camisas de grávidas são enormes (em comprimento) e não gosto nada delas. Tenho mesmo de ir às compras, mas não é cá...

Horários trocados

Então não é que nas alturas em que estou cheinha de sono é que o floquinho decide dar sinais de vida? Não sei se está a arranjar posição para dormir comigo ou se quererá acordar-me... :)

Menino ou menina

Até há uns tempos parecia mesmo um ET. Agora quase que posso jurar que é um bebé.

A correr

A terminar os 4 meses de gravidez, o balanço.
Bem, mal posso acreditar que a partir de amanhã vou dizer que estou no meu quinto mês. Já sinto o floquinho a mexer quase todos os dias, principalmente à hora de jantar (antes e depois) quando me sento no sofá. A posição deve ajudar, já que assim sentada (e de pernas levantadas) ele (?) fica provavelmente mais apertado, ou então não gosta e queixa-se. Ontem consegui que o papá sentisse o floquinho - não a mexer, mas pelo menos ficou a saber precisamente onde está (no fundinho da barriga, mesmo).
A barriga continua relativamente pequena - acho que quem não sabe não consegue perceber - é um bocado como se estivesse inchada (como quando não consigo ir à casa de banho durante uns dias), mas mais nada. Suponho que a partir de agora cresça mais, e mais depressa. Até agora engordei um quilito - também estava com um ou dois quilos a mais antes de engravidar, por isso, acho normal - mas outros se seguirão.
Tenho-me desleixado um bocado com o creme das estrias, que devia pôr duas vezes ao dia, mas só ponho uma vez dia sim dia não. O mais engraçado é que tenho a impressão que as estrias antigas (da gravidez anterior) melhoraram bastante.

Começo a verificar frequentemente a lista de coisas que ainda é preciso comprar, porque a vontade de sair de casa ao fim de semana é nula, e durante a semana estou muito cansada por causa do trabalho. De alguma forma as coisas vão ter que ser arranjadas, mas para já só ainda estão na minha cabeça como uma lista de compras com um prazo de 4 meses para ficar completa. A parte chata é que o floquinho nasce supostamente em fevereiro, o que quer dizer que em janeiro as compras têm que estar todas feitas. Em dezembro as lojas estão a abarrotar de gente e eu posso garantir que não vou querer andar às compras nessa altura. Depois do ano novo é a febre das trocas (é incrível, nunca pensei que fosse possível andar tanta gente a trocar os presentes de natal) e também não é fácil andar no meio daquela confusão. Portanto, ou despacho tudo até ao fim de novembro, ou peço algumas coisas como presente de natal, ou então mando o papá comprar tudo o que faltar por essa altura (ele até gosta de ir às compras, o único perigo é que traga muito mais coisas do que é suposto trazer e depois não termos onde pôr tudo).

Até agora tenho-me sentido bem. O sono está a melhorar, o cansaço manifesta-se mais no trabalho, provavelmente porque estar sentada em frente a um computador o dia todo não é a melhor coisa para uma grávida, e consegui acabar com as dores de cabeça (bendito café). Como novo sintoma, tenho sentido alguma azia, mas já tenho uma espécie de xarope para a combater: resulta, mas sabe tão mal...
Ah, e o acne, desde o início (mesmo antes de eu saber), está horrível e não há maneira de acalmar ou desaparecer. Nunca tive tantas borbulhas na vida, e grande parte delas ficam vermelhas, inflamadas e doem. Mal posso esperar para me livrar dele.

Andamos (os quatro) felizes da vida. :)

Coisas que me preocupamcesariana

À medida que o tempo vai passando, tento-me preparar para todas as eventualidades. O floquinho vai precisar de uma data de coisas logo desde o primeiro dia, desde roupa, fraldas, cama, chupetas, biberões, cadeira para o carro, enfim, uma parafernália que nunca mais acaba. A roupa é uma coisa que acaba por ser mais ou menos simples, mas qualquer outra coisa é uma odisseia, pois o leque de escolha é enorme. Deve haver centenas de carrinhos diferentes, para todos os tipos de preços, há centenas de camas diferentes, e há ainda centenas de produtos que provavelmente não fazem falta nenhuma, mas que as pessoas acabam por comprar porque viram na loja ou alguém conhecido usou, ou porque nunca se sabe. A verdade é que até agora só decidi quais os biberões que vou comprar, e só porque é mais ou menos consensual que os da AVENT são os melhores, com o sistema de prevenção de cólicas - qualquer pessoa que tenha tido um bebé ouve a palavra cólicas e entra logo em alerta, eu não sou excepção.
Uma das minhas maiores preocupações é esquecer-me de algo essencial (como as fraldas para os primeiros dias ;), ou o kit de emergência para bebés que deve ter termómetro, supositórios, e clisteres para bebés e se calhar mais alguma coisa que eu não sei), e depois ter que andar à procura dessas coisas numa daquelas alturas em que está tudo, mas mesmo TUDO, fechado.
Apesar de não ser a minha primeira vez, tenho a impressão que isso não ajuda muito... acho que da outra vez estava mais calma em relação a este tipo de "pormenores" e a verdade é que nunca passei por nenhuma situação minimamente aflitiva. No entanto, desta vez estou noutro país, bem longe da família, e claro que essa falta de apoio contribui para que eu stresse um bocadinho mais. Afinal, se eu não estiver preparada para tudo, quem é que vai salvar a situação? (O papá do floquinho. Óbvio.)
Estava a planear a procura de hospital para mais tarde, mas hoje dei conta que se não marcar já as visitas (isto aqui é tudo marcado com antecedência, organização acima de tudo) só vai haver vaga pouco antes do nascimento... e isso não convém nada.
Tenho procurado ler muita coisa sobre o parto, e deparei-me com uma dificuldade que me parece grave. Acontece imensas vezes que as mães se preparam para um parto natural, com ou sem anestesia, e que quando chega a hora H têm que ir para cesariana. Por um lado é natural que acabem por ficar frustradas porque possivelmente preferiam um parto normal, e por outro lado, não estavam preparadas para a cesariana. Ainda há uns dias uma amiga minha esteve 24 horas em trabalho de parto - as águas rebentaram e passadas 24 horas ela só tinha 3 dedos de dilatação - quando os médicos finalmente se decidiram por uma cesariana porque o bebé estava a entrar em sofrimento. Até aqui, tudo bem. O pior, e aquilo de que ela se queixa, é que não estava preparada para a cesariana, não tinha lido nada sobre o assunto, e como tal não sabia o que fazer depois.
Posto isto, é evidente que me parece útil procurar informação sobre cesarianas. O acontecimento em si está documentado e é simples encontrar descrições bastante pormenorizadas do procedimento. O complicado é encontrar informação para futuras mamãs que se queiram preparar para esta eventualidade. Parece que, de cada vez que faço uma pesquisa sobre cesarianas só me saem defensores de partos normais, sites sobre as desvantagens de fazer cesarianas, ou fóruns onde alguns participantes se entretêm a mandar abaixo as mães que fazem cesarianas. Exactamente o que eu não preciso.

CaféHá coisas fantásticas...

Ultimamente tenho andado com dores de cabeça quase constantes. Eu sempre tive dores de cabeça fortes, lembro-me das primeiras terem começado quando eu tinha menos de 10 anos, mas desde que tome ben-u-ron, costumam passar relativamente depressa (se não tomar nada, ou aumentam ou simplesmente não passam).
Para azar meu, as dores de cabeça que tenho tido não querem passar de maneira nenhuma. Tomo ben-u-ron, e não adianta nada. Ponho óleo de eucalipto na testa (receita da minha sogra) e alivia por um bocado, mas depois regressam. De modos que da última vez que fui ao médico, perguntei-lhe que é que havia de fazer, pois já estou a desesperar. E não é que ele me recomendou que bebesse café? Até percebo o raciocínio, eu tenho a tensão um pouco baixa, é natural que aumentando a tensão as dores de cabeça melhorem. Mas achei imensa graça ao senhor, porque muitos médicos dizem para reduzir o café ou não beber de todo (bem, os meus nunca disseram nada disso, até porque eu nunca bebo mais que um ou dois cafés por dia).
A verdade é que desde que vim de férias, durante as quais bebi expressos maravilhosos, o café que costumava beber a seguir ao almoço sabe-me mal. E como me sabe mal, deixei de beber.
Ao menos em casa posso tomar café a sério - sim, que aquela mistela que servem por aí mal se pode chamar café, e infelizmente os únicos locais que servem café de jeito ficam fora de mão - e a verdade é que ajuda bastante (para não dizer "remédio santo"). Sinto-me outra. :)

[Adenda:] Tomar café de manhã e beber mais água (do que costumava) durante o dia resolveu o problema.

Menino ou menina?

Já estou como os meus pais, seja o que for, quer-se é que seja perfeitinho. Ou então, como uma amiga minha, que face à pergunta "o que vais ter?", responde, "um bebé".
Continuo sem saber, os médicos têm medo de se enganar (o primeiro disse-me "não dá bem para ver mas parece-me que é menina" e o segundo "ainda é cedo para ver, mas parece-me que é menino". Um deles terá, com toda a certeza, razão). Não me faz diferença, tenho tempo. Mas esta noite sonhei que era um menino.

Isto não está para festas...

...só quero é dormir.

Já mexe!

Ontem à noite, lá me fui deitar cedinho (11 da noite é cedo para mim), a ver se descansava tudo, e adormeci logo (como de costume). O que não estava à espera era de acordar às duas da manhã com um valente pontapé. Se calhar nem foi assim tão forte, mas como eu estava a dormir, até fiquei sobressaltada com aquela actividade inesperada. Floquinho, vê lá se dás os pontapés todos durante o dia, que à noite a mãe tem que dormir sossegada (e tu também). :)

Mais um ponto para o papá

Além de me fazer as vontades todas, e quase sempre fazer o jantar, há uns dias fez-me uma coisa que eu adoro e raramente como (porque é difícil encontrar onde haja) ou faço (porque dá muito trabalho): batatas fritas. Verdadeiras batatas fritas. Feitas a partir de batatas descascadas com muito amor e carinho, fritas numa frigideira e colocadas num prato com papel de cozinha para absorver a gordura. E ainda para mais, em dose dupla, para antes do jantar e depois do jantar. Que delícia. :)

A mexer

Ora aqui está uma boa notícia, devo estar quase a sentir o meu floquinho a mexer (segundo este site).
Já há umas semanas me pareceu sentir algo a mexer quando estava deitada de barriga para baixo, e é bem possível que fosse o floquinho. Eu sei que em geral não se consegue sentir tão cedo, mas devido à posição, como estava a fazer alguma pressão sobre a barriga, parece-me plausível que fosse mesmo um movimento fetal.
Até agora os meus maiores sintomas têm sido um enorme cansaço e náuseas de vez em quando. E imenso acne por todo lado, nunca tive tanto! Felizmente o cansaço, aliás sono ;), está a melhorar. E a verdade é que vou gostar muito de voltar a sentir um bebé a dar pontapés de dentro da minha barriga. :) é uma sensação muito especial.
Já agora, e para memória futura, parece-me que o floquinho está alojado do lado esquerdo.

Em baixo

Soube esta semana duma história horrível. A primeira do género que ouvi em toda a minha vida. Uma colega de trabalho do papá do floquinho, uma rapariga nova, estava grávida, e teve o bebé aqui em Munique. Morreu no parto. Fiquei em choque. Não consigo imaginar sequer uma razão para que num país do primeiro mundo se morra durante o parto. Fiquei abalada pela notícia, e não consigo que me saia da cabeça, principalmente porque não se conhecem as razões da morte. Bela altura para saber uma história destas.

Tão querido

O meu filho crescido diz que a minha barriga está "montes de pequena". É um amor. E queria um maninho, para jogarem futebol juntos. Eu espero que, quer seja menino quer seja menina, jogue futebol, brinque com Legos, e jogue jogos electrónicos com o mano mais velho. O resto pouco importa.

Roupa

Finalmente, depois de muito adiar, rendi-me às evidências e fui às compras. As t-shirts e outras partes de cima ainda me estão bem, afinal a barriga nem se nota e eu gosto de andar com a barriga um bocado à mostra, portanto ali não devia apertar nada, mas as partes de baixo - calças e saias - já é uma desgraça. Tirando uma ou duas coisas de cintura mais descaída, tudo me aperta, quando mais não seja ao sentar. Podia ter optado por usar as calças abertas com uma camisola mais comprida a tapar, mas não é nada o meu estilo, usar camisolas compridas... Por isso, toca de ir às compras, que uma gaja que trabalha não pode andar por aí permanentemente de calças de fato de treino, e a última saia que me servia vai ter que ser posta de lado porque chegou o Outono.
Depois de muita labuta (ai que bem que me soube escrever agora labuta) cheguei à conclusão que há pouquíssimas lojas que vendam roupa de grávida. Bem sei que sao só nove meses por filho, mas uma gaja tem que se vestir, e não pode andar para aí com calças que servem na cintura e ficam largas nas pernas! E quando digo pouquíssimas, posso ser mesmo específica: fui a umas cinquenta lojas (sem exagero) e só a C&A é que tinha roupa para grávidas. Ok, a H&M (da baixa) também, mas a última vez que lá fui tinha acabado de saber que estava grávida, fui comprar t-shirts para o Inverno antes que deixasse de haver (long story). Parece que o único sítio onde se podem encontrar várias lojas que vendem roupa de grávida é mesmo no centro de Munique. O problema é que para além da C&A e H&M as lojas são caríssimas, do género um par de calças que no máximo dá para 6 meses custa mais do triplo do que um par de calças "normais" das que eu costumo comprar para durarem anos.
Para já safei-me com dois pares de calças que me assentam lindamente no rabo apesar de terem aquelas faixas para suportar a barriga que ainda não tenho e que portanto me ficam a cair... mas dão para dobrar, que vai ser como vão andar para já que eu detesto sentir as calças acima do umbigo.
O que eu queria mesmo era calças sem essa faixa horrorosa, mas só encontrei em catálogos na net, e detesto comprar roupa sem a experimentar...
Na C&A aproveitei também para comprar umas meias para o bebé, tamanho recém nascido. Foi mais pela piada, porque me custa a acreditar que aquilo algum dia sirva a algum bebé, de tão pequeninas que são... enfim, podem ser que sejam aproveitadas para vestir a algum bebé careca. ;)

Desejos

O meu reino por um bocadinho de chouriço!!! (o único decente que há por aqui é espanhol, e já só dá para ir buscar à loja amanhã)
Presunto também marchava, mas é proibido. :( Grávida sofre...

Sonhos

Hoje completam-se 14 semanas de gravidez. Ainda falta imenso tempo para o floquinho ver a luz do dia, e portanto ainda tenho vários meses para fazer as compras das coisas que lhe vão fazer falta. Pois... teoricamente é assim. O problema é que o meu cérebro não processou essa informação. Esta noite tive um daqueles sonhos que põem uma pessoa aflita. Pois o floquinho já tinha nascido, mas faltava-lhe tudo (ou quase, já que a roupa já está comprada). Biberões, fraldas, cama, banheira, coisas essenciais. Resultado: eu andava a passear pela rua, com o puto ao colo, às compras, à procura dessas coisas essenciais. E desesperada, porque não encontrava os biberões que queria comprar (da avent), e só havia fraldas de marca branca e eu tinha medo que o autocolante das fraldas não colasse devidamente. Ah, e a cereja em cima do bolo, é que o bebé andava nu da cintura para baixo, mas ao menos não se lembrou de fazer xixi nem cocó. Ufa.
Tenho que ir às compras urgentemente. Bem sei que faltam quase seis meses para o puto nascer, mas não quero ter mais sonhos destes.

Papá babado

Isto das ecografias tem que se diga. As primeiras não foram nada de especial, afinal só mostravam uma bolinha, mas a última (com mais de 12 semanas) já deu para ver algo de jeito. Sim, agora o floquinho já tem cabeça, olhos, nariz, coração, cérebro (fantástico, tem cérebro!), braços, pernas, dedos (5 em cada mão, fantástico), enfim, tudo o que é preciso. E apesar de ter sido muito importunado pelo médico, que não parava de abanar a minha barriga, na tentativa de fazer virar o puto que se estava a esconder, lá se deixou medir da cabeça até ao rabo. Sim, que para ser medido a cabeça aos pés era preciso esticar-se todo, e ele (ou ela) prefere estar de pernas cruzadas.
O papá babou-se do início ao fim, e eu um bocadinho também, mas ele perdeu a melhor parte... É que o médico mostrou os batimentos do coração do floquinho no écran, e eu como estava mais perto, também ouvi, mas o papá nem se apercebeu do que se estava a passar e não ouviu nada. Experiência, é o que é, eu já sabia de que som se tratava por isso estava mais sensível ao ruído eheheh.
A partir de agora tenho a certeza que o papá não me vai deixar ir a mais nenhuma ecografia sozinha (também só deixou da primeira vez, e foi porque eu insisti que não havia mesmo nada para ver - e não havia mesmo, só uma coisinha muito pequenina que quase nem se notava).
Este fim de semana vamos passear, tratarmo-nos exactamente como merecemos: muito bem! :)

A casa de banho é a minha melhor amiga

Só assim se explicam as minhas 10 visitas diárias, uma das quais interrompendo-me a noite de sono. Está na altura de instalar por lá uns livros, revistas, talvez até um computador, que é para me entreter. Já experimentei daquele papel higiénico com perguntas, mas a variedade de perguntas por rolo é demasiado pequena. Se calhar eu precisava era de papel higiéico com banda desenhada. Ora aqui está uma bela ideia. E grátis.

Vómitos

Ora aí está um tema agradável. Grande parte das grávidas têm enjoos, por vezes acompanhados de vómitos, outras vezes, suponho que não. Eu tenho tido assim uns enjoos muito levezinhos, e até agora não tive que ir a correr para a casa de banho por causa deles, mas...
Há uns dias tive um episódio menos agradável (to say the least). Passei o dia todo ao sol, e apanhei uma dor de cabeça daquelas mesmo muito fortes. Tão forte que, no caminho para casa, tive que vomitar. Ora quando tive esta urgência estava dentro do metro. Saí e fui a correr em direcção à casa de banho, mas era demasiado longe, não consegui chegar a tempo. E pronto, teve que ser ali mesmo no meio da estação, para um balde do lixo, com toda a gente a olhar para mim cheia de nojo. E fiquei a pensar, caramba, quando um gajo está bêbedo e tem que ir ao gregório está-se nas tintas para quem está a assistir. Agora ter que fazer uma coisa daquelas em público - é que não dá mesmo para escolher o sítio - porque se está mal/doente não tem piadinha nenhuma. E os olhares de nojo de toda a gente em redor também não ajudam nada. Até parece que nunca lhes aconteceu o mesmo.

zzzzzz

Passei o fim de semana a dormir. Todo? Não, mas quase. Ainda tive tempo para comer, e tomar banho. De resto, foi mesmo só xonar. Espero que o puto saia tão dorminhoco como eu tenho andado.

Desejos...

O que me apetece mesmo, desde há uns dias, é pão de alho. E não é um pão de alho qualquer, é o pão da alho da mãe de uns amigos meus, que é a melhor cozinheira do mundo (a minha mãe tem que me desculpar esta). À falta do original, pedi ao meu mais que tudo que me fosse comprar ao supermercado o que costumamos fazer cá em casa. Mas um dia destes ainda vou fazer eu o verdadeiro pão de alho, depois de pedir a receita a quem sabe destas coisas. :)

Sei que estou grávida...

...porque, além do óbvio, tenho uma capacidade para dormir cada vez mais que me espanta. Tipo sou capaz de dormir de manhã e de tarde, e à noite não ter problemas em adormecer. Aliás, a dificuldade está em manter-me acordada. Então lá para as 3 da tarde, quando ainda tenho que trabalhar, é uma chatice.
O não saber se me dói a barriga porque tenho fome ou se estou apenas enjoada também nao é fácil de gerir. Vou comendo, pouco de cada vez mas muitas vezes, e bebendo água fresquinha com gás, para me passarem as náuseas. Vai funcionando. O problema é que quando não me sinto a 100% fico mal disposta e quem paga as favas quem é? Pois, quem estiver mais perto... Felizmente são sempre coisas de duração muito curta.
O mais estranho de tudo é que não tenho tido vontade nenhuma de ir às compras. E a roupa começa a não me servir, principalmente calças e soutiens. Já que a cintura se vai indo progressivamente embora, ao menos as mamas crescem a grande velocidade.
Ainda para mais estou cada vez mais esquecida.

Snowflake

A primeira vez que vi o meu floquinho de neve (ah, que nome tão giro) ele tinha aí uns 15 dias de vida. Era uma bolinha tão pequenina que quase nem se via. Quando o médico me disse "está ali! não vê?" eu disse "não vejo nada", e ele apontou para uma zona do écran onde havia um pontinho. Fez zoom, e quase que se via... uma bolinha, sim. Por isso, ao início, o floquinho chamou-se "thingy" ("coisinha"). Posso dizer que a emoção foi pouca (sim, sou uma mulher sem sentimentos), assim tipo, iá, já sabia que estava grávida, e que era uma coisa assim mesmo muito pequenina, mas até agora isto não tem muita piada.
Antes de saber a grande novidade oficialmente, ou seja, antes de fazer o teste da farmácia, comecei logo a sentir que algo estava errado diferente. Dois dias antes do teste (ou seja, no dia em que o período deveria ter vindo) fiquei enjoada só de pensar em piza (eu gosto de piza), e até fazer o teste andava meio enjoada, principalmente se andasse de carro como passageira. A parte engraçada é que mal soube o resultado os enjoos passaram. Deviam ser só para me avisar do que se estava a passar, e assim que tomei consciência do facto, puff, voltei quase ao normal. O quase é que agora preciso de dormir muito mais, e se pudesse dormia aí umas 14 horas por dia. Trabalhar nestas condições não é nada fácil, e às vezes chego a casa lá para as seis e pouco mais faço para além de comer e dormir até ao dia seguinte.
Até agora, as coisas mais chatas é que de vez em quando dão-me uns ataques de fome, assim de repente fico com umas dores de barriga que nem sei o que fazer, e a meio do jantar quase adormeço. Além disto ao jantar não consigo comer arroz, massa ou batatas a acompanhar a comida - não deve fazer mal, mas é chato.
Algumas roupas já começam a não servir - principalmente as calças mais apertadas ou que não têm cintura muito descaída - e as roupas de grávida são enormes e tapam muito a barriga, ou seja, detesto-as. Já comprei t-shirts para o Inverno, porque sei que quando ele chegar vou precisar delas e não as vou encontrar à venda (é que eu sou muito quente, ui), mas de resto não tenho vontade de comprar nada.
Estava a planear não comprar nada para o floquinho tão cedo, mas nas férias deu-me um ataque de compras, e, já que não podia comprar nada para mim (não vale a pena, se vai tudo deixar de servir dentro de 15 dias) tratei de começar a preparar o enxoval do pimpolho. Apesar de ser o segundo filho, já não tenho praticamente nada do primeiro, e a diferença de idades é tão grande, que me parece que entretanto houve imensas coisas que mudaram e já não se fazem da mesma maneira. Nada que me preocupe (aliás, há poucas coisas que me preocupem).
O meu médico resolveu ir de férias e não me dizer nada do que eu tinha que fazer até ele voltar (vai levar uma descasca quando o vir outra vez), mas felizmente tenho uma amiga grávida que me disse que tenho urgentemente que ir a uma clínica fazer um diagnóstico pré natal que se faz entre a 12a e a 14a semana. Mesmo a tempo. Se calhar não é 100% necessário, mas mais vale prevenir que remediar, e é sempre bom saber que está tudo em ordem. Além do mais ainda não está excluída a hipótese de ser mais que um floquinho (e nesse caso seria uma bola de neve, eheh), nem sequer sei se é menino ou menina (mas estou a fazer figas...). A segunda ecografia apenas mostrou uma bolinha maior que ia ficando alternadamente mais escura e mais clara - era o coração a bater. Nessa altura ainda não tinha braços, pernas ou cabeça (pelo menos que se vissem), mas ao menos tinha um coração. Nada mau para o começo. Por esta altura já deve ter uma data de órgãos, mas ainda não os vi. Mais uma semana e pouco, e lá irei eu outra vez espreitar o meu floquinho. :)